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Seja mais consciente e tenha uma Alimentação Sustentável



Numa altura em que a corrida ao supermercado é uma romaria, em que se fala da importância de minimizar o desperdício alimentar, de sermos menos consumistas e de pensarmos na nossa pegada ecológica…vamos falar de alimentação sustentável para que todos possamos contribuir para uma alimentação mais consciente, mais responsável perante os outros e o ambiente.

Ter uma alimentação sustentável ou amiga do ambiente requer ter um conhecimento mais profundo de toda a cadeia de logística do produto, requer uma sensibilidade maior para o tipo de alimentos que compramos, como por exemplo o seu processo de produção, o tipo e quantidade de recursos naturais consumidos, o tipo de embalamento ou ainda quantos quilómetros viajou até chegar à loja, e por fim a nossa casa! Ou seja, é ir muito mais além da reciclagem e da redução do consumo de água ou de energia em casa.

O aumento da população mundial levou ao intenso e crescente desenvolvimento da indústria alimentar, intensificando a agricultura e a produção animal em massa. Toda esta sobrecarga originou repercussões com impacto negativo no ambiente, surgindo assim o conceito de alimentação sustentável.

Segundo a definição da Food and Agriculture Organization (FAO 2015), uma alimentação sustentável tem baixo impacte ambiental e contribui para a segurança alimentar e nutricional da população, assim como para o seu estado de saúde, tanto no presente como no futuro.

Segundo a FAO estima-se que em 2050, seremos 9 mil milhões de pessoas no mundo, pelo que será preciso produzir mais 60% de alimentos. Tendo esta visão do futuro e, com base na cadeia alimentar composta por diferentes etapas onde em cada uma delas há vários fatores que influenciam o impacte ambiental, é possível ter uma noção do elevado peso que tem o nosso tipo de alimentação no consumo de recursos como água, energia, solos, matérias-primas e combustíveis fósseis.

Fonte: Associação Portuguesa de Nutrição. Alimentar o futuro – uma reflexão sobre sustentabilidade alimentar

Deixo algumas sugestões para que tenha uma alimentação mais sustentável

1 – Compre a granel e minimize o uso de embalagens descartáveis

Atualmente já temos várias opções de supermercados que têm os seus produtos a granel, dando assim a oportunidade de enchermos a despensa comprando avulso e evitando o consumo de produtos embalados e na quantidade desejada. O ambiente agradece ao trazer menos lixo para casa.

No caso de optar por produtos com embalagem, escolha embalagens familiares, em vez das individuais e, reutilize sempre que possível. Por exemplo, a caixa dos ovos, ou mesmo a caixa de tomate cherry pode reutilizar, vezes sem conta. Escolha embalagens mais ecológicas, como as de cartão e evite as de plástico.

2 - Leve os seus sacos de compras reutilizáveis

Opte por sacos de algodão que são mais ecológicos, práticos, versáteis, resistentes e facilmente laváveis, e reutilizáveis…Se forem de algodão biológico ainda melhor, dado que não foram usados na sua produção, herbicidas e pesticidas que põem em causa a saúde humana e a riqueza nutritiva dos solos. Pode ainda encontrar panos ou roupas que já não usa e dar uma nova vida num saco de pano personalizado.

Caso tenha sacos de plástico ou de papel, reutilize-os vezes sem conta até irem para a reciclagem.

3 – Compre produtos portugueses

Apoie a nossa agricultura e os produtores locais, e compre cá dentro. Minimize a pegada ecológica das suas compras ao comprar produtos com o mínimo de quilómetros de viagem até sua casa. Assim não contribui para o aumento da concentração de CO2 e de emissões de Gases com Efeito de Estufa, libertado pelos nossos tubos de escape.

4 - Consuma mais produtos de origem vegetal

Evite refeições à base de alimentos de origem animal, e opte mais vezes por refeições que incluam produtos de origem vegetal, tais como, cereais integrais, leguminosas, sementes, e fruta.

Neste contexto, pelo menos metade do prato deverá ser ocupado por produtos de origem vegetal e uma minoria pelos produtos de origem animal, preferencialmente peixe e carnes magras.

Conheça melhor a Dieta Mediterrânica, por ser um bom exemplo de alimentação sustentável, ao promover o consumo de alimentos de origem vegetal, pouco processados e de acordo com a sua sazonalidade. A Dieta Mediterrânica pode ser uma das alternativas mais adequadas para modificar hábitos de consumo, de forma a promover uma alimentação mais saudável e sustentável.

5 – Compre em mercados locais e produtos de acordo com a sua sazonalidade

Faça por conhecer os mercados locais existentes junto à sua residência e contribua para a promoção da economia local, redução das emissões de CO2 e uso de embalagens descartáveis. Se forem pequenos produtores de agricultura biológica certificada e avulso…ainda melhor! Estes produtos ficam mais baratos ou ao mesmo preço que os produtos da agricultura convencional.

Opte também por alimentos da época que têm, geralmente, características nutricionais e organoléticas (sabor, odor, cor) superiores aos outros. São produtos mais frescos e que se encontram em condições de maturação adequadas para consumo. Estes alimentos também têm um custo económico e ambiental inferior ao dos alimentos consumidos fora da época.

Calendário da Sazonalidade - Produtos Hortícolas

Fonte: Associação Portuguesa de Nutrição. Alimentar o futuro – uma reflexão sobre sustentabilidade alimentar

Calendário da Sazonalidade - Fruta e Frutos Oleaginosos

Fonte: Associação Portuguesa de Nutrição. Alimentar o futuro – uma reflexão sobre sustentabilidade alimentar

6 - Minimize o desperdício alimentar

Uma vez por semana, pare e defina o planeamento antecipado das refeições da semana através de uma listagem de produtos alimentares a adquirir para essa semana. Verifique os ingredientes que tem em casa e compre apenas aqueles de que necessita. Permite uma gestão alimentar mais eficaz e minimiza a quantidade de recursos utilizados, tendo também um impacto positivo no orçamento familiar.

A tendência para o alongamento das cadeias distancia o produtor do consumidor, obrigando a mais operações de manuseamento nas etapas intermédias e à maior demora no percurso. A deterioração dos produtos alimentares é assim promovida, especialmente se ao longo da cadeia não houver infraestruturas adequadas para a conservação dos alimentos, nomeadamente ao nível da refrigeração. Recursos como solo, energia e água são usados e, por vezes, esgotados na produção de alimentos que acabam por ser desperdiçados.

Opte também por servir pequenas quantidades de alimento, e voltar a servir se for caso. Assim evitará desperdiçar comida que foi servida no prato. As sobras, poderá aproveitar para servir no dia seguinte, ou congele para consumir noutra altura.

Segundo a APN existem cerca de 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos que são desperdiçados ou perdidos anualmente, cerca de 1/3 do que é produzido. A mesma fonte, refere que 34% dos portugueses (mais de 3,5 milhões) consomem mais de 100 gramas de carne por dia, segundo o último inquérito alimentar, sendo necessários 15.500 litros de água para produzir um quilograma de carne de vaca.

Fonte: Associação Portuguesa de Nutrição. Alimentar o futuro – uma reflexão sobre sustentabilidade alimentar

Fonte: Associação Portuguesa de Nutrição. Alimentar o futuro – uma reflexão sobre sustentabilidade alimentar

A produção de carne de vaca e leite é a principal responsável pelas emissões, muito por culpa do metano, um gás de efeito de estufa, o qual resulta principalmente do processo de digestão dos animais ruminantes e da decomposição do estrume animal.

7 - Economize energia

Para economizar mais energia, opte por recorrer às panelas de pressão, visto que permitem cozinhar mais rapidamente, utilizando menos recursos. Evite o uso do forno, onde o consumo de eletricidade é muito elevado. Caso cozinhe em panela, mantenha a panela tapada, e desligue o fogão pouco tempo antes do final da cozedura.

8 - Mínimo de alimentos processados

Os alimentos processados são menos saudáveis por terem um perfil nutricional pouco interessante, e é devido aos corantes, conservantes, adoçantes e emulsionantes que lhes são acrescentados, que se consegue prolongar o seu tempo de conservação. São muito menos sustentáveis por serem necessários, na sua produção, quantidades elevadas de água, energia e combustíveis, bem como no seu embalamento. (p.e. congelação, refrigeração, sem cadeia de frio).


9 - Adeque a refrigeração dos alimentos

Higienize e seque bem os alimentos frescos antes de os guardar no frigorífico ou na fruteira. Isto evita a proliferação de bactérias que possam estar na superfície de frutas e legumes. Os alimentos devem ser conservados entre 1 e 5º C no frigorifico para maior frescura e longevidade.

Arrume a sua despensa, colocando os alimentos com maior prazo de validade atrás e coloque os mais antigos à frente, para que sejam consumidos primeiro que os restantes.


10 - Repense, Reduza, Reutilize, Recicle e faça a Compostagem

Repense um pouco nos seus hábitos de consumo e tome medidas para reduzir o seu desperdício alimentar. Reutilize alimentos para novas receitas de culinária e por fim, recicle sempre que possível os recursos utilizados. Coloque as cascas dos frutos e legumes num recipiente de compostagem e em poucos meses obterá um composto valioso para as suas plantas. Deste modo, está a contribuir para o seu bem estar, equilíbrio do planeta e saúde das gerações futuras.

Fonte: Associação Portuguesa de Nutrição. Alimentar o futuro – uma reflexão sobre sustentabilidade alimentar

De acordo com este modelo, os alimentos com menor impacto ambiental correspondem aos alimentos para os quais se recomenda um consumo superior, nomeadamente, os produtos hortícolas, a fruta, os cereais integrais e seus derivados e os tubérculos como a batata.

Autor: Helena Coelho


Sou licenciada em Engenharia do Ambiente, com Pós-Graduação em Sistemas de Gestão Integrados em Qualidade, Ambiente, Segurança e Responsabilidade Social.

O meu percurso profissional passa por mais de 10 anos em sustentabilidade empresarial em inúmeros setores de atividade tais como, Turismo, Banca, Retail, Construção, e TIC onde realizei auditoria e consultoria em processos de elaboração de relatórios de sustentabilidade, envolvimento de stakeholders, avaliação de desempenho e gestão de riscos e oportunidades, bem como a implementação e manutenção de Sistemas de Gestão Integrados. Foi durante a minha experiência com a maternidade que decidi dar vida à MyEcoBaby.

A MyEcoBaby pretende dinamizar um consumo mais consciente e um estilo de vida mais responsável ao disponibilizar produtos eco-sustentáveis para toda a família, privilegiando a infância, bem como uma plataforma de informação para uma atitude mais eco-friendly.

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